Estamos em contagem decrescente para o lançamento do Afinidades 2025!

O evento tem entrada gratuita, sujeita à lotação da sala.
Amanhã, sábado 5 de abril, entre as 16h e as 18h, no Museu Nacional Soares dos Reis, arranca a 2.ª edição deste programa que aproxima o Museu da sua vizinhança criativa — e convida toda a comunidade Bombarda a participar.
Este ano, o tema é a Cerâmica Contemporânea, eleito pela própria comunidade do quarteirão, e que celebra o cruzamento entre o património museológico e a criação artística atual no Quarteirão das Artes – Bombarda.
O evento marca o início da Open Call para artistas locais, que serão desafiados a criar peças inspiradas numa obra do acervo do Museu (a ser revelada no evento).


Dando continuidade à missão de aproximar o Museu Nacional Soares dos Reis da sua vizinhança criativa, o programa Afinidades visa estabelecer um ciclo de diálogo entre tradição e inovação, potenciando a participação ativa da comunidade local.
A edição de 2025 propõe a criação de obras cerâmicas originais, inspiradas numa peça do acervo do Museu, a ser divulgada durante o evento de lançamento, e incluirá, igualmente, uma apresentação sobre as atividades da edição deste ano e os contornos gerais da apresentação de candidaturas por parte dos artistas locais.
Conversa Afinidades 2025 – Cerâmica Contemporânea
Com Clara Rêgo, Joana Nogueira e Vítor Reis (curador)
Moderação: António Ponte
Neste primeiro momento público da edição Afinidades 2025, três vozes com percursos distintos na cerâmica encontram-se para refletir sobre as afinidades possíveis entre práticas e linguagens contemporâneas. A conversa propõe uma partilha de caminhos individuais de chegada à cerâmica, explorando os cruzamentos entre arte, design e ilustração, e sublinhando o papel da cerâmica como meio expressivo autónomo no panorama artístico atual.
Clara Rêgo, artista visual com prática transdisciplinar, Joana Nogueira, ilustradora e ceramista, e Vítor Reis, curador da presente edição e artista ligado à escultura cerâmica, partem das suas experiências para pensar a cerâmica enquanto território fértil para a experimentação formal e conceptual. A conversa inclui ainda uma introdução ao diálogo com o Museu Nacional Soares dos Reis, que inspira o desafio lançado aos artistas participantes através do open call.

Clara Rêgo
Artista visual sediada no Porto, com especialização em cerâmica e azulejaria. O seu trabalho escultórico em cerâmica, modelado manualmente, inspira-se em formas e texturas de elementos naturais como corais, rochas, minerais, fungos e imagens microscópicas. As suas criações evocam narrativas utópicas, mitologias, sonhos e práticas meditativas, funcionando como exercícios de catarse e ritual, e explorando dimensões de empoderamento feminino e naturezas possíveis.
É licenciada em Belas-Artes (BA Hons Fine Art) pela University of East London (UEL), Reino Unido, e frequentou o curso de Banda Desenhada e Ilustração na ESAP Guimarães. Concluiu o Curso de Cerâmica Nível III na Escola Artística Soares dos Reis, no Porto. Paralelamente à sua prática individual, dinamiza regularmente formações em cerâmica e colabora em projetos comunitários, com destaque para murais cerâmicos coletivos. É membro das plataformas Homo Faber e Portugal Manual.

Joana Nogueira
Joana Nogueira nasceu em Moledo do Minho em 1988 e vive no Porto desde 2012. Estudou Artes Plásticas na ESAD.CR, fez um Mestrado em Ilustração e Animação no IPCA e uma Pós-Graduação em Desenvolvimento Local e Colaborativo na UCP. No seu percurso desenvolve trabalho autoral artístico, e dedica-se a projetos sociais e comunitários.
Cresceu junto à praia e, no verão, vendia peças feitas com materiais que experimentava na cave da casa dos pais, o seu primeiro atelier. Hoje, é ceramista e realizadora de cinema de animação, apaixonada por dar vida às suas personagens. Criar figuras imaginárias é quase uma obsessão e uma forma de eternizar a sua criança interior.
Desde 2016 trabalha em cinema de animação e cerâmica. Em 2020 abriu o Terra Boa Atelier no Porto, onde desenvolve o seu trabalho e orienta oficinas. Iniciou 2025 com a participação na Maison et Objet, em Paris, onde planeia regressar em breve.

Vítor Reis
Vítor Reis nasceu em Angola, em 1974. Em 2002, licenciou-se em Artes Plásticas na ESAD, em Caldas da Rainha. Em 2007, frequentou o curso avançado da Escola Mau Maus, em Lisboa.
Residente em Caldas da Rainha desde a infância, e descendente de uma família de três gerações de oleiros tradicionais, adotou também a cerâmica como meio de expressão artística.
Desde 2013, tem desenvolvido um corpo de trabalho predominantemente em cerâmica, que dá continuidade à sua prática de escultura. Tem apresentado o seu trabalho regularmente em diversas exposições, como a “Experimenta Design”, eventos da “MOLDA”, “Galeria Underdogs”, entre outras.
A sua versatilidade, permitiu-lhe nos últimos anos participar em vários projetos na área do design, incluindo presença em feiras internacionais, como a “Maison & Objet” e a “Milan Design Week”.
Atualmente, desenvolve o seu trabalho num ateliê Municipal em Caldas da Rainha, onde promove workshops e outros eventos ligados à cerâmica. Paralelamente exerce funções como professor assistente convidado no curso de Design de Produto – Cerâmica e Vidro, na ESAD.CR.
produção
O projeto Afinidades é um ciclo de cinco edições, com temáticas anuais, compostas por exposições, workshops e conversas que exploram momentos de sintonia, empatia e semelhança entre a cultura da comunidade criativa do Quarteirão Bombarda e a história e acervo do Museu Nacional Soares dos Reis.
É uma iniciativa promovida pelo Museu Nacional Soares dos Reis (MNSR) em parceria com a Associação Quarteirão Criativo, contando com mecenato do Super Bock Group e apoio do Círculo Dr. José de Figueiredo – Amigos do Museu Nacional Soares dos Reis.