Exposição com a curadoria dos dois Hubs, na qual lançamos o olhar sobre histórias desconhecidas de personagens que fazem parte das camadas dos dois territórios (Bombarda, no Porto, e Chemnitz).
Quem são, o que fazem e quais as suas histórias? Que narrativas únicas criam, que projetos inovadores e contribuições edificam nas suas comunidades?
A exposição Untold Stories – Bombarda and Chemnitz apresenta 10 objetos (5 + 5 em representação de cada Hub Criativo), com o propósito de celebrar e inspirar pela criatividade, destacando talentos, ideias e histórias que muitas vezes passam despercebidos.
No passado dia 4 de Julho “Untold Stories: Bombarda & Chemitz” foi exibida pela primeira e única vez durante o evento Meetup #4 – Distritos Criativos e as suas Comunidades
“Untold Stories: Bombarda & Chemitz” mergulha nas profundezas desses dois distritos criativos vibrantes e revela os segredos fascinantes que moldaram as suas comunidades únicas.
Fotografias por: Matilde Cunha
Ezequiel – Álvaro Negrello
“Esta é a história do Ezequiel, o homem que tinha uma micro loja na Rua do Breiner, antes da Pandemia. Mas esta é também a de Alvaro Negrello, maquetista de arquitetura, que vive no número 145 da Rua do Breiner, desde 2005. Alvaro é um observador e coleciona narrativas como poucos. Um certo dia, reparou no interior de uma micro loja com duas laranjas, uma banana, alguns limões e, no fundo, um homem que, pela fisionomia, parecia ser paquistanês. Era, afinal,
transmontano e a sua cara esculpida pelo tempo, e gasta pela vida, era a de alguém que tanto poderia ter 44 como 80 anos. Intrigado por esta figura que pouco tinha, Alvaro quis saber mais sobre ele. Chamou-lhe “amor à primeira vista”. Ficou amigo do homem escuro, bondoso, pastor transmontano, que enquanto jovem militar foi enviado a duas missões dos capacetes azuis, em Timor e na Bósnia.
Ezequiel move-se hoje por outras terras, como funcionário da APDL, a limpar praias, um trabalho que só um camponês consegue aguentar. Volta e meia, visita Alvaro no Quarteirão. Em vez de fruta ou legumes, traz-lhe algumas dúzias de episódios de uma vida invulgar, como o do pedaço de baleia que lhe partiu o joelho num processo de resgate no molhe. Esta é a história do Ezequiel, o homem que tinha uma micro loja na Rua do Breiner, mas é também a de Alvaro Negrello, maquetista de arquitetura e colecionador de narrativas da Rua do Breiner.”
“Das ist die Geschichte von Ezequiel, dem Mann, der vor der Pandemie einen Minimarkt in der Breiner Straße hatte. Es ist aber auch die Geschichte von Alvaro Negrello, einem Architekturmodellbauer, der seit 2005 in der Breiner Straße Nr. 145 wohnt. Alvaro ist ein Beobachter und sammelt Geschichten wie nur wenige andere. Eines Tages bemerkte er einen kleinen Laden mit zwei Orangen, einer Banane, ein paar Zitronen in der Auslage und im Hintergrund einen Mann, der seinem Aussehen nach Pakistaner zu sein schien. Es stellte sich heraus, dass er
aus Trás-os-Montes stammt, und sein Gesicht, das von der Zeit und vom Leben gezeichnet war, hätte zu jemandem gehören können, der entweder 44 oder 80 Jahre alt ist. Fasziniert von dieser Figur, die so wenig hatte, wollte Alvaro mehr über sie erfahren. Er nannte es “Liebe auf den ersten Blick”. Er freundete sich mit dem dunklen, gutmütigen Mann an, einem Hirten aus Trás-os-Montes, der als junger Soldat zu zwei Einsätzen als UN-Friedenstruppe in Timor und Bosnien geschickt wurde. Heute ist Ezequiel als Angestellter der APDL in anderen Ländern unterwegs und reinigt Strände – eine Arbeit, die nur ein Bauer ausüben kann. Von Zeit zu Zeit besucht er Alvaro in der Nachbarschaft. Anstelle von Obst oder Gemüse bringt er ihm Dutzende von Geschichten aus einem außergewöhnlichen Leben mit, wie die, in der ihm bei einer Rettungsaktion am Pier ein Stück Wal das Knie brach. Dies ist die Geschichte von Ezequiel, dem Mann, der in der Breiner Straße einen Minimarkt hatte, aber es ist auch die Geschichte von Alvaro Negrello, einem
Architekturmodellbauer und Sammler von Erzählungen aus der Breiner Straße.”
A Estátua | Die Statue – Ana Cancela
Durante todo o verão que vivi no Japão, foi só depois do tufão passar que vi pela primeira vez o céu azul de Tóquio e senti o silêncio eloquente da tempestade.
Nesse final de tarde limpo e quente, passeava pelas pequenas livrarias e lojas independentes do bairro de Kichijoji quando, abandonado em cima de alguns de livros numa esquina, encontrei uma estátua de madeira de um deus xintoísta.
Foi com emoção que olhei para ele, altivo a fixar-me. Por extrema economia de espaço, os japoneses, sobretudo aqueles que vivem nas grandes cidades, não dispõem a possibilidade de acumular bens, tudo o que se possui é gerido ao milímetro. Por todas as cidades abundam objetos deixados ao ar livre, para uma segunda vida com outro alguém. Para Portugal trouxe comigo livros, ilustrações, objetos de decoração, que encontrei em bancos de jardim, em esquinas de ruas
movimentadas, entradas de prédios e bancos de comboios, uma geografia aleatória do abandono que tornei cartografia pessoal.
No dia em que inaugurei a Kuri Kuri, espaço dedicado à cultura japonesa, nessa tarde chuvosa no Inverno de 2008, em pleno Quarteirão Miguel Bombarda, a estátua estava lá, e assim continua quinze anos depois, a dar forma à memória, a observar como se vive neste lado do mundo.
Während des ganzen Sommers, den ich in Japan verbrachte, sah ich erst nach dem Abflauen des Taifuns zum ersten Mal den blauen Himmel über Tokio und spürte die beredte Stille des Sturms. An diesem warmen und klaren Spätnachmittag schlenderte ich durch die kleinen Buchläden und unabhängigen Geschäfte im Viertel Kichijoji, als ich an einer Ecke eine hölzerne Statue eines Shinto-Gottes entdeckte, die verlassen auf einigen Büchern stand. Voller Ehrfurcht betrachtete ich sie, stolz blickte sie auf mich zurück. Aufgrund des extremen Platzmangels haben die Japaner, vor allem diejenigen, die in großen Städten leben, nicht die Möglichkeit, Besitztümer anzuhäufen. Alles, was sie besitzen, wird akribisch, auf den Milimeter genau, verwaltet. Überall in den Städten werden zahlreiche Gegenstände im Freien zurückgelassen, um bei jemand anderem ein zweites Leben zu finden. Ich habe Bücher, Illustrationen und dekorative Gegenstände nach Portugal mitgebracht, die ich auf Gartenbänken, in belebten Straßenecken, in Hauseingängen und auf Bahnsteigen gefunden habe – eine zufällige Geografie der
Verlassenheit, die ich in eine persönliche Kartografie verwandelt habe.
An jenem regnerischen Winternachmittag im Jahr 2008, an dem ich Kuri Kuri, einen der japanischen Kultur gewidmeten Raum, mitten im Miguel-Bombarda Viertel eröffnete, war die Statue da, und sie ist es auch fünfzehn Jahre später noch, um der Erinnerung Gestalt zu geben und zu beobachten, wie die Menschen auf dieser Seite der Welt leben.
Ana Barros Cancela
Kuri Kuri
Rua do Rosário, 343
www.kurikurishop.pt
Aquela Montra de Plantas e às vezes um Gato | Das Schaufenster Mit Pflanzen Und Manchmal Einer Katze – Catarina Azevedo & Pedro Barros
“Olá! Somos a Catarina e o Pedro, mas talvez tenham mais curiosidade em saber um outro nome:Manel, o gato.
O Manel é o nosso cartão de visita no quarteirão. Na verdade, o Manel veio do quarteirão. Quando apareceu no pátio pela primeira vez, foi o primeiro gato que vimos ali em pouco mais de um ano. Foi uma primeira oportunidade para bater às portas dos vizinhos e é uma bonita história de adoção, mas fica para outra vez.
Quando não está a ver quem passa, na montra, o Manel gosta de se deitar na forma de Pão de Ló que veio da pastelaria do meu avô. É de barro, e fica quentinha no inverno, quando está ao sol.
Mas a natureza do Manel sempre o levou em longas incursões pelos jardins de toda a gente. Fez amizade com vários animais (cães, ouriços…) E também nos trouxe várias prendas (com penas, com pelos…). Mas isso são histórias para outra vez.
Recentemente, o Manel tem-nos levado mais longe na relação com os vizinhos; quando não volta ao fim do dia e temos que ir procurá-lo por esses pátios e jardins. Assim já conhecemos alguns recantos quase secretos, certamente privados, até já estivemos na sala de estar do David Lynch!
Mas isso são histórias para outra vez.”
“Hallo! Wir sind Catarina und Pedro, aber vielleicht interessieren Sie sich mehr für einen anderen Namen: Manel, die Katze.
Manel ist unsere Visitenkarte im Viertel. Tatsächlich kommt Manel aus der Nachbarschaft. Als Manel zum ersten Mal im Hof auftauchte, war es die erste Katze, die wir dort seit über einem Jahr gesehen haben. Manel eröffnete die erste Gelegenheit, an die Türen der Nachbarn zu klopfen und es ist eine schöne Adoptionsgeschichte – aber das erzählen wir ein anderes Mal. Wenn Manel nicht gerade die Passanten vom Schaufenster aus beobachtet, legt er sich gerne in
die Biskuitform, die ich aus der Bäckerei meines Großvaters mitgebracht habe. Sie ist aus Ton und bleibt im Winter warm, wenn sie in der Sonne steht. Aber Manels Natur führt ihn immer wieder auf lange Streifzüge durch die Gärten der anderen. Er hat sich mit mehreren Tieren angefreundet (Hunde, Igel…) und uns verschiedene Geschenke mitgebracht (mit Federn, mit Fell…). Aber das ist eine Geschichte, die wir ein anderes Mal erzählen. In letzter Zeit hat Manel uns geholfen, unsere Beziehung zu unseren Nachbarn zu stärken. Wenn er am Ende des Tages nicht zurückkommt, müssen wir in den Höfen und Gärten unserer Nachbarn
nach ihm suchen. So haben wir einige fast geheime Ecken kennengelernt, in jedem Fall viele private Ecken. Wir waren sogar schon im Wohnzimmer von David Lynch! Aber auch das ist eine Geschichte, die wir ein anderes Mal erzählen.”
Catarina Azevedo, faz livros e bebe café.
Pedro Barros, entusiasta das madeiras e anda de bicicleta.
Rua do Breiner, 343
Catarina Azevedo macht Bücher und trinkt Kaffee.
Pedro Barros ist ein Holzliebhaber und Radfahrer.
Rua do Breiner, 343
Nortada – Iva Viana
“Artista oriundos, não de Viana propriamente dita, mas das três freguesias vizinhas do litoral: Areosa, Carreço e Afife, que na arte de trabalhar o gesso, se tornaram famosos não apenas no País, como em diversos pontos do estrangeiro. Com efeito, os «Estucadores de Viana» correram Portugal de lés-a-lés” (1)
Duas famílias se destacaram neste percurso, os Meira de Afife e os Baganha da Areosa. Muito se tem a dizer sobre o percurso magnífico destes artistas e sobre a obra espalhada pelo país, como por exemplo os estuques do Palácio da Pena encomendados pelo Rei D. Fernando a Domingos Meira, criando um verdadeiro património.
Foram muitas as oficinas de estuques e de escultura decorativa que, estas famílias, abriram no início do século XX, no quarteirão Bombarda, espalhadas pela Rua Miguel Bombarda e Rua do Rosário até quase o final do século.
(1) Cadernos Vianenses, Elogio dos Famosos Estucadores de Viana por Felipe Fernandes, página 12
“Diese Künstler, die nicht aus Viana selbst, sondern aus den drei benachbarten Küstengemeinden Areosa, Carreço und Afife stammen, wurden nicht nur in Portugal, sondern auch in mehreren anderen Ländern für ihre Kunst der Gipsbearbeitung bekannt. In der Tat reisten die ‘Estucadores de Viana’ durch ganz Portugal – von einem Ende zum anderen.” (1)
Zwei Familien traten bei dieser Reise besonders in den Vordergrund: die Familie Meira aus Afife und die Familie Baganha aus Areosa. Über die großartige Karriere dieser Künstler und die im ganzen Land verbreiteten Werke gibt es viel zu erzählen – beispielsweise die von König Fernando bei Domingos Meira in Auftrag gegebenen Stuckarbeiten im Palast von Pena, die ein wahres kulturelles Erbe darstellen.
Zu Beginn des 20. Jahrhunderts eröffneten diese Familien im Bombarda-Viertel zahlreiche Werkstätten für Stuckarbeiten und dekorative Bildhauerei, die bis fast zum Ende des Jahrhunderts über die Miguel-Bombarda-Straße und die Straße “Rua do Rosário” verstreut waren.
(1) Cadernos Vianenses, Elogio dos Famosos Estucadores de Viana von Felipe Fernandes, Seite 12
Iva Viana
artista plástica – escultura
www.ivavianaescultura.com
Iva Viana
Plastikkünstler – Skulptur
www.ivavianaescultura.com
Andar a Direito | Aufrecht gehen – Gémeo Luís
“Vim morar para o Bairro há vinte e três anos, quando a dinâmica estava confinada à Rua Miguel Bombarda. Esta zona sofria do abandono que era visível na cidade. A minha relação com o Bairro é diária – tomar café, convidar amigos, espreitar lojas e galerias, dar duas de conversa. O atelier é uma porta cega de garagem, não tem «montra» para o exterior. Design e ilustração vão saindo dali para exposições, publicações, projetos. Tanto trabalho nas duas dimensões como em volume. Na escultura já foram metáforas a partir de garrafas de Vinho do Porto. Depois vieram os peixes, relacionados com um projeto de conservas que tenho em curso. Recorrendo à reciclagem e à prototipagem, à indústria e às oficinas artesanais, ao ferro velho e ao comércio tradicional, o trabalho envolve materiais diversificados,
madeira, metal, vidro, cartão, etc. Na ilustração bidimensional uso papel craft e bisturi. Este desenho faz parte de um conjunto para o próximo livro da parceria que tenho com o Eugénio Roda. Desta vez é sobre «andar a direito»: nos direitos humanos, na igualdade por entre a diferença, na liberdade de escolha, na autodeterminação.”
Ich kam vor dreiundzwanzig Jahren in die Nachbarschaft, als sich die gesamte Dynamik noch auf die Miguel-Bombarda-Straße beschränkte. Das Viertel litt unter der Vernachlässigung, die in der ganzen Stadt zu beobachten war. Meine Beziehung zum Viertel ist alltäglich – ich trinke Kaffee, lade Freunde ein, stöbere in Geschäften und Galerien und werde in Gespräche verwickelt. Mein Atelier ist ein blindes Garagentor, ohne “Schaufenster” nach außen. Dort entstehen Design und Illustrationen für Ausstellungen, Publikationen und Projekte. Ich arbeite sowohl zwei- als auch dreidimensional. In der Bildhauerei gab es bereits Metaphern auf
der Grundlage von Portweinflaschen. Dann kam der Fisch hinzu, der mit einem Konservenprojekt zusammenhängt, das ich in Angriff genommen habe. Ich arbeite mit Recycling und Prototyping, Industrie und Handwerksbetrieben, Schrott und traditionellem Gewerbe und deshalb umfasst meine Arbeit verschiedene Materialien wie Holz, Metall, Glas, Karton und mehr. Für die zweidimensionale Illustration verwende ich Bastelpapier und ein Skalpell. Diese Zeichnung ist Teil
eines Sets für das nächste Buch in Zusammenarbeit mit Eugénio Roda. Diesmal geht es um das Thema “Aufrecht gehen”: Menschenrechte, Gleichheit inmitten von Vielfalt, Entscheidungsfreiheit und Selbstbestimmung.
Luís Mendonça, Gémeo
ilustrador, professor e investigador
Rua do Rosário, 271 (atelier)
Rua do Rosário 223 (casa)
www.gemeoluis.com
Luís Mendonça, Gémeo
Illustrator, Lehrer und Forscher
Rua do Rosário, 271 (atelier)
Rua do Rosário 223 (casa)
www.gemeoluis.com
Uma cruz feita de Parafusos | Ein Kreuz Aus Schrauben – Wilhelm Reichel
“Por ocasião do serviço religioso “DifferenceMakers”, em julho de 2022, com Holger Bartsch, o pároco da Capital Europeia da Cultura, quisemos criar uma cruz especial. A reciclagem e o upcycling são temas que fazem parte do Garagen-Campus, porque há demasiadas coisas boas no local para deitar fora. Fomos apoiados no desenvolvimento deste projeto por dois “criadores”, Wilhelm Reichel, que contribuiu com conhecimento e ideias através das suas competências de
design, e Andreas Kruse, um reformado que nos forneceu uma máquina de soldar e apoiou ativamente a ideia de criar uma cruz reciclada. Também os membros da Associação de elétricos nos apoiaram com conselhos e ação. Depois de alguns minutos no contentor de desperdícios, o trabalho começou e a cruz acabada, feita de parafusos velhos, pôde ser perfeitamente montada
para o serviço religioso.
A cruz invulgar e a história da sua criação despertaram grande interesse, tendo já sido emprestada a diferentes comunidades religiosas.”
“Anlässlich eines Gottesdienstes unter dem Titel „DifferenceMakers“ im Juli 2022 mit Kulturhauptstadtpfarrer Holger Bartsch wollten wir gerne ein besonderes Kreuz gestalten. Recycling und Upcycling sind Themen, die uns im Garagen-Campus beschäftigen, denn auf dem Areal gibt es viel Material, welches zu schade zum Wegwerfen ist. Unterstützung bei der Umsetzung bekamen wir von zwei „Machern“ – Wilhelm Reichel, der durch sein Designstudium Knowhow & Ideen mitbrachte und der engagierte Rentner Andreas Kruse, der uns ein Schweißgerät
sponserte und tatkräftig bei der Umsetzung der Idee eines Upcycling Kreuzes unterstützte. Auch die Mitglieder vom Straßenbahnfreunde e.V. waren mit Rat & Tat zur Stelle. Nach ein paar Minuten im Schrottcontainer ging die Werkelei los und das fertige Kreuz aus alten Schrauben konnte zum Gottesdienst perfekt in Szene gesetzt werden. Das Interesse an dem ungewöhnlichen Kreuz und ebenso der Entstehungsgeschichte war groß – und ausgeliehen wurde es auch schon von verschiedenen Kirchengemeinden.”
Wilhelm Reichel
Artista, designer, carpinteiro
https://wilhelmreichel.myportfolio.com/work
Andreas Kruse
https://youtube.com/@ank_kreativ
Reformado
Wilhelm Reichel
Künstler, Designer, Tischlermeister
https://wilhelmreichel.myportfolio.com/work
Andreas Kruse
https://youtube.com/@ank_kreativ
Rentner
Moldura | Rahmen – Jovens voluntários do Estado Federal da Renânia-Palatinado
“O que acontece quando 30 jovens exploram Chemnitz e ajudam o Garagen-Campus a tornar-se mais visível? Um dia de ação, pequenas intervenções artísticas e muita diversão!
Como parte integrante de uma excursão, um grupo de jovens voluntários do Estado Federal da Renânia-Palatinado, localizado no oeste da Alemanha, visitou o Garagen-Campus. O Garagen-Campos acolhe diversas visitas de estudo de instituições de ensino, escolas e universidades de Chemnitz, da Alemanha e da Europa, que tomam conhecimento do nosso projeto. Alguns grupos aproveitaram também a oportunidade para se tornarem ativos e criativos. Este grupo de voluntários deu o pontapé de saída. Após um breve reconhecimento a toda a área, rapidamente se tornou claro que o Garagen-Campus fornece um enquadramento que pode ser preenchido individualmente. Simbolicamente, os voluntários criaram uma moldura em tamanho real a partir de materiais que estavam disponíveis
no local. Serrando, furando e aparafusando, construíram uma moldura móvel em poucas horas. A moldura já foi utilizada por muitos visitantes do Garagen-Campus como local para fotografias.”
“Was passiert, wenn 30 junge Menschen Chemnitz erkunden und dem Garagen-Campus zu mehr Sichtbarkeit verhelfen möchten? – Ein Tag Action, kleine künstlerische Interventionen und jede Menge Spaß!
Im Rahmen einer Exkursion besuchte uns eine Gruppe von jungen Freiwilligendienstleistenden aus dem im Westen von Deutschland gelegenen Bundesland Rheinland-Pfalz. Verschiedene Bildungseinrichtungen, Schulen und Universitäten aus Chemnitz, Deutschland und Europa sind bisher auf den Garagen-Campus aufmerksam geworden und besuchten uns im Rahmen von Exkursionen. Einige Gruppen haben auch die Chance ergriffen, selbst aktiv und kreativ zu werden. Die Freiwilligendienstleistenden machten den Anfang. Nach einer kurzen Führung über das gesamte Areal war schnell klar, dass der Garagen-Campus
einen Rahmen gibt, der individuell gefüllt werden kann. Symbolisch sollte nun ein lebensgroßer Bilderrahmen aus bereits vorhandenen Materialien entstehen. Es wurde gesägt, gebohrt und geschraubt und innerhalb weniger Stunden entstand ein mobiler Bilderrahmen, den bisher schon viele Besucher:innen des Garagen-Campus als Fotospot nutzten.”
www.kulturbuero-rlp.de
https://www.bkj.de/engagement/freiwilligendien
ste-kultur-und-bildung
Geodome para Chemitz | Geodome Fur Chemitz – Holzkombinat
“Em cooperação com o “Holzkombinat”, foram criados cinco geodomes para Chemnitz numa semana, no verão de 2022. O Holzkombinat opera uma oficina de madeira, profissionalmente equipada, para aluguer, cursos e eventos. A equipa do Holzkombinat presta apoio a todos os projetos, desde o planeamento até à execução. Para o Geodome, a serração e a perfuração foram efectuadas na oficina do Holzkombinat, situada no bairro vizinho do Garagen-Campus. O desenvolvimento de um conceito de cor e a pintura final dos elementos individuais da cúpula tiveram lugar no próprio Garage-Campus. No total, 250 ajudantes produziram 130 conectores com 650 ombreiras, 650 pinos de fixação e 375 varas de
madeira, a partir de 4615 peças individuais de madeira, em 52 horas e ao longo de 6 dias. Para este efeito, foram utilizados 36 metros quadrados de bétula e 480 metros lineares de madeira de abeto. Foram utilizados cerca de 11.700 pregos pneumáticos e foram aplicados mais de 25 litros de óleo. Graças ao apoio enérgico dos habitantes de Chemnitz – tanto jovens, como idosos – foram criadas cinco cúpulas geodésicas coloridas para Chemnitz e para a região, que podem agora ser emprestadas pela Holzkombinat para necessidades e eventos individuais.”
In Zusammenarbeit mit dem Holzkombinat sind in einer Woche im Sommer 2022 fünf Geodome für Chemnitz entstanden. Das Holzkombinat betreibt eine professionell ausgestattete Holzwerkstatt für Einmietung, Kurse und Events. Dabei unterstützt das Team bei allen Vorhaben von der Planung bis zur erfolgreichen Fertigstellung. Für die Geodome wurde in der im Nachbarstadtteil gelegenen Werkstatt des Holzkombinats gesägt und gebohrt. Die Entwicklung eines Farbkonzeptes und der finale Anstrich der einzelnen Kuppel- Elemente erfolgten im Garagen-Campus. Insgesamt haben 250 helfende Hände in 52 Stunden an 6 Tagen aus 4615 Holzeinzelteilen 130 Verbinder mit 650 Schultern, 650 Sicherungsstifte sowie 375 Holzstangen gefertigt. Dafür wurden 36 qm Multiplex-Birke sowie 480 Lfm Konstruktionsholz Fichte verbaut. Es wurden ca. 11.700 Druckluftnägel verwendet und mit mehr als 25 Liter Öl gestrichen. Dank der tatkräftigen Unterstützung der Chemnitzer – egal ob Jung oder Alt – sind fünf bunte geodätische Kuppeln für Chemnitz und die Region entstanden, die nun für individuelle Bedarfe und Veranstaltungen beim Holzkombinat ausgeliehen werden können.”
A Poesia da Europa | Poesie Europas – Poesie Europas – Lieder, die über Grenzen gehen
“A Europa está cheia de canções que falam da sua História, de partidas, de dúvidas, de esperança e de regresso a casa. As composições transmitem um modo de vida, contam estórias e permitem vivenciar tradições musicais.
Em busca de um lugar onde se possa criar um novo festival de música para Chemnitz, o projeto “Poesie Europas – Lieder, die über Grenzen gehen” (Poesia da Europa – Canções que atravessam fronteiras) foi, por duas vezes, convidado do Garagen-Campus. Em 2022, o neerlandês Johan Meijer, o seu colega Jos Koning e o trio QUIJOTE de Chemnitz (Sabine Kühnrich, Ludwig Streng e Wolfram Hennig-Ruitz) foram convidados para uma viagem poético-musical pela Europa, no âmbito do concerto, e deixaram que as melodias atravessassem fronteiras nacionais, temporais e linguísticas. A população foi também convidada a participar num
workshop sobre poesia e composição.
Para a segunda edição do festival, em 2023, foram convidados Jaromir Nohavica, Robert Kusmierski, Kuba Blokesz e Frank Viehweg, poetas de canções de renome da República Checa, Polónia e da Alemanha. Mais uma vez, o trio QUIJOTE, de Chemnitz, apoiou o evento e desempenhou o papel de anfitrião – o Garagen-Campus transformou-se no local perfeito para o festival.”
“Europa ist voller Lieder, die von europäischer Geschichte erzählen, von Aufbrüchen, Zweifeln, Hoffnung und Heimat. Lieder vermitteln Lebensart, erzählen Geschichten, lassen musikalische Traditionen erlebbar machen.
Auf der Suche nach einem Ort, an dem ein neues Musikfestival entstehen kann war das Projekt „Poesie Europas – Lieder, die über Grenzen gehen“ bereits zwei Mal zu Gast im Garagen-Campus. Der Niederländer Johan Meijer, sein Kollege Jos Koning und das Chemnitzer Trio QUIJOTE (Sabine Kühnrich, Ludwig Streng, Wolfram Hennig-Ruitz) haben 2022 bei einem Konzert zu einer musikalisch-poetischen Reise durch Europa eingeladen und Lieder über Ländergrenzen, zeitliche und sprachliche Grenzen schreiten lassen. Am darauffolgenden Tag waren Interessierte zu einem Workshop zu Nachdichtung, Liedbegleitung und Komposition eingeladen.
Zur zweiten Festival Auflage 2023 waren mit Jaromir Nohavica, Robert Kusmierski, Kuba Blokesz und Frank Viehweg namhafte Lied Poeten aus Tschechien, Polen und Deutschland zu Gast. Erneut unterstützte das Chemnitzer Trio QUIJOTE die Veranstaltung und übernahm die Rolle des Gastgebers – der Garagen-Campus schien wiederum die passende Festival-Location zu sein.”
A Bravura Hildegard | Die Braurose Hildgard – Leonore Cebulla
“Leonore Cebulla nasceu em Plauen/Saxónia, em 1955, filha de um casal de professores, e cresceu com dois irmãos. É engenheira mecânica e é mãe de dois filhos adultos. Atualmente, vive com o marido na vizinhança direta do Garagen-Campus e já foi convidada em muitas ocasiões naquela que foi a antiga estação de elétricos. O Garagen-Campus serviu muitas vezes de fonte de inspiração para os seus trabalhos artísticos. A escrita e a pintura são as suas grandes paixões.
Desde a sua juventude, escreve textos e histórias – as frases saem da sua caneta numa sequência colorida –, como é o caso do seu último livro, “A bravura de Hildegard”. Num evento denominado Leitura em Tour, Leonore apresentou o seu novo romance e interpretou passagens seleccionadas.
A Bravura de Hildegard conta a história de uma jovem mulher de Chemnitz. Algumas partes do enredo referem-se ao tema dos eléctricos. Foi uma sessão de leitura num ambiente acolhedor, adequado ao conteúdo do livro num local histórico e, claro, num velho elétrico.”
“Leonore Cebulla wurde 1955 als Tochter eines Lehrerehepaars in Plauen/Sachsen geboren und wuchs mit zwei Brüdern auf. Sie absolvierte ihren Abschluss als Diplomingenieurin im Maschinenbau und ist Mutter zweier erwachsener Kinder. Heute lebt Sie mit Ihrem Mann in der direkten Nachbarschaft zum Garagen-Campus und war schon bei vielen Veranstaltung zu Gast auf dem Areal des ehemaligen Straßenbahndepots. Der Garagen-Campus diente ihr bisher schon oft
als Inspirationsquelle für ihre künstlerischen Werke. Schreiben und Malen sind ihre große Leidenschaft. Seit ihrer frühesten Jugend schreibt Sie Texte und Geschichten – die Sätze fließen in bunter Reihenfolge aus dem Stift – so auch bei ihrem neuesten Buch „Die bravouröse Hildegard“. Im Rahmen einer Veranstaltung mit Namen Lesezeit on Tour präsentierte Leonore Cebulla ihren neuen Roman und gab ausgewählte Passagen zum Besten. Die bravouröse Hildegard schildert die
Geschichte einer jungen Chemnitzerin. Teile der Handlung nehmen Bezug zum Thema Straßenbahn. Es war eine Lesung in gemütlicher Atmosphäre – passend zu Inhalten des Buches am historischen Ort und – natürlich- in einer alten Straßenbahn.”
Leonore Cebulla
Autora, Pintora, Reformada
Leonore Cebulla
Autorin, Künstlerin, Rentnerin
Fotografias por: Tânia Almeida Santos